
Inspirado no texto do Augusto de Franco - Poder nas Redes Sociais - compartilho reflexão sobre um tema pouco abordado na Escola de Redes.
Rede é Comunicação
O excelente artigo do Augusto sobre
O Poder nas Redes Sociais me fez refletir sobre um tema talvez pouco abordado por aqui: Redes e Comunicação. Aliás um aspecto na animação de redes que venho pensando há tempos e não vejo melhor ambiente que a Escola para compartilhar essas questões ainda inconclusas.
Rede é um esforço de Comunicação
Parece que é a
Teoria da Comunicação que vem se debruçando sobre a influência dos fluxos de informação sobre a organização geopolítica e geocultural das sociedades. Formulação para a qual agradeço toda contribuição.
Quando se trata de estudar a conexão na Rede, vejo que, anterior à análise de distribuição, há que se refletir sobre a natureza dessa conexão. Numa rede virtual a
conexão poderia se resumir ao
fluxo de informação entre seus membros. Já uma rede presencial ou mista a comunicação ainda representa seus 90 e tantos por cento dessas conexões.
Rede e representação
Para mim começa a ficar claro que aquilo que
representamos como Rede
não é aquilo que constitui a rede. Ou em outras palavras, a rede não é composta apenas de nodos (pessoas) e conexões estáticas (relações entre os nodos). Me parece que o fenômeno da rede se produz a partir dos fluxos (comunicação) sobre esses nodos (pessoas) e que produzem as mudanças, as atitudes, as ações.
Dessa forma, vejo que a
comunicação ou os fluxos de informação geram, reforçam ou transformam a CULTURA na rede.
Assim quando Augusto fala na análise do poder nas redes – capacidade de obstruir, separar ou excluir nodos – entendo que ele enfoca o poder de cortar, segmentar fluxos de informação entre membros. Entretanto, como qualquer dono de Jornal (ou estudioso do tema) sabe, controlar a comunicação é a forma mais efetiva de controlar ou orientar a ação em rede. Sendo assim, onde está o poder? Em “
administrar” os membros da rede ou
administrar a informação que flui sobre ela?
Vejo que essa questão parece explicar muito dos problemas e sucessos na animação das redes sociais.
=> Por que redes sociais não animadas (aquelas que ocorrem espontaneamente) não perduram?
=> Por que redes sociais (virtuais e presenciais) têm tanta dificuldade em empreender ações coletivas?
Afinal não estará toda (ou a principal) dificuldade ou desafio na animação de redes e realização de uma ação coletiva coordenada na capacidade (ou disposição) de comunicação de seus membros e de seus animadores?
Enfim, são questões que gostaria de compartilhar com a Escola e agradeço as diferentes visões sobre o tema.
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