A transição da organização piramidal para a organização em rede ainda está imersa no nebuloso estágio das especulações. Mas essa será, daqui para frente, uma das principais aplicações da ciência das redes.
Na medida em que se afirma a evidência de que tudo que é sustentável tem o padrão de rede, cada vez mais organizações - inclusive empresariais - vão descobrir que a sustentabilidade não depende de seu ativismo social ou ambiental, nem do exercício de sua responsabilidade corporativa no campo econômico e sim da maneira como elas interagem com o "ecossistemas" (as redes - ou comunidades - de
stakeholders) em que estão inseridas e da maneira como integram os estímulos provenientes do meio com seus esforços internos de preservar o seu padrão de organização ao mesmo tempo em que são capazes de mudar e conservar seus modos de adaptação.
As organizações hierárquicas não tardarão a descobrir que sua sustentabilidade depende dos graus de distribuição e conectividade das suas redes "interna" e "externa" (e que, na verdade, essas redes só são compreendidas como duas redes em razão dos padrão piramidal adotado).
Roteiros para implementar processos de transição de organizações-
mainframes para
net-orgs, quase não existem ainda; ou, se foram porventura aventados, não foram adequadamente justificados e suficientemente testados. Portanto, esse é um campo imenso de investigação, aberto à inovação.
A proposta seguinte, conquanto possa ser adaptada para qualquer tipo de organização hierárquica, foi pensada inicialmente para empresas.
ROTEIRO PARA A TRANSIÇÃO
Um roteiro para essa transição poderia ser dividido em alguns "passos" (etapas e fases). Vamos apresentar a seguir cada um desses passos, não sem deixar de alertar que eles constituem apenas sugestões que podem – e devem – ser adaptadas às características particulares de cada empresa e às circunstâncias que a cercam. Não há uma ciência aqui, nem mesmo uma tecnologia comprovada; apenas indicações inspiradas nos conhecimentos que já possuímos das redes distribuídas, em grande parte baseadas na experiência recente.
AÇÕES PRELIMINARES
1 | Sensibilização
1.1 - Palestras gerais sobre a Transição para o pessoal interno da organização e seus
stakeholders
1.2 - Oficina específicas sobre a Transição com todos as unidades gerenciais da organização
Clique
AQUI para trabalhar nesta parte 1.
2 | Diagnóstico do Padrão Organizacional (Mapa da Organização e Mapa dos
Stakeholders)
2.1 - Mapeamento:
in company
2.2 - Análise (
SNA - Social Network Analysis e
DNA – Dinamics Network Analysis):
in office
Clique
AQUI para trabalhar nesta parte 2.
3 | Decisão de iniciar a Transição
3.1 -
Summit interno para apresentação do Diagnóstico aos decisores
3.2 - Decisão da organização
3.3 - Escolha da unidade de gestão inicial (piloto) que será induzida a fazer a transição
Clique
AQUI para trabalhar nesta parte 3.
INSTALAÇÃO DO PROGRAMA
4 | Constituição do Embrião da Rede
4.1 - Sensibilização de voluntários e recrutamento de candidatos
4.2 - Capacitação dos candidatos
4.3 - Avaliação e seleção dos voluntários
4.4 - Constituição do Embrião da Rede e pactuação do propósito inicial, dos objetivos do seu trabalho, de suas tarefas, de suas dinâmicas de relacionamento e de seus instrumentos conceituais e ferramentas tecnológicas
4.5 - Capacitação em
netweaving do Embrião da Rede
4.6 - Comunicado dos decisores (do CEO, no caso de empresas) sobre os objetivos e o mandato do Embrião da Rede
Clique
AQUI para trabalhar nesta parte 4.
5 | Implantação do SMA - Sistema de Monitoramento e Avaliação
5.1 - Implantação do SMA
online (
real-time) incluindo indicadores já utilizados pela organização e novos indicadores do processo de transição
5.2 - Recrutamento, capacitação e engajamento no trabalho dos operadores do SMA
Clique
AQUI para trabalhar nesta parte 5.
EXECUÇÃO DO PROGRAMA PILOTO
6 | Constituição da Rede
6.1 - Articulação e animação da rede na unidade gerencial escolhida como piloto
6.2 - Exercício da responsabilidade corporativa por parte da rede
6.3 - Montagem da organização em rede (espelho), virtual paralela
6.4 - Desenvolvimento e experimentação de novos modelos de gestão e de governança
Clique
AQUI para trabalhar nesta parte 6.
7 | Avaliação do Piloto
7.1 - Reunião com os decisores da organização para fazer um balanço do processo
7.2 - Decisão da organização de continuar (ou descontinuar) o processo
7.3 - Decisão da organização sobre a expansão da transição para outras unidades gerenciais (áreas ou setores)
Clique
AQUI para trabalhar nesta parte 7.
EXPANSÃO
8 | Generalização da Transição
8.1 - Realização das "passos" 4 a 7 nas outras unidades gerenciais (áreas e setores) da organização (incluindo seus stakeholders) com a adaptação dos novos modelos de gestão e de governança que foram testados na etapa piloto e a descoberta de novos modelos e sistemas
Clique
AQUI para trabalhar nesta parte 8.
INTEGRAÇÃO
9 | Constituição da organização virtual (espelho) paralela
9.1 - Integração das organizações em rede que surgiram dos ensaios de transição (setoriais) em um mesmo sistema organizacional (orgânico)
Clique
AQUI para trabalhar nesta parte 9.
CONCLUSÃO
10 | Avaliação e decisão final
10.1 - Reunião com os decisores da organização para fazer um balanço final do processo
10.2 - Decisão da organização de gerar uma nova organização
Clique
AQUI para trabalhar nesta parte 10.
11 | Geração da nova organização
11.1 - Definição da causa da nova organização
11.2 - Redefinição da identidade da empresa (incluindo
branding-em-rede)
11.3 - Substituição dos velhos modelos de gestão e sistemas de governança da organização hierárquica pelos novos modelos de gestão e sistemas de governança da organização-em-rede
Clique
AQUI para trabalhar nesta parte 11.
QUAL O TRABALHO QUE FAREMOS AQUI?
A idéia é comentar os "passos" acima (e, evidentemente, o seu encadeamento), descrevendo-os em detalhes (como-fazer). Para cada "passo" foi aberta uma seção (chamada aqui no Ning de "Discussão").
Observações gerais sobre esta Proposta Inicial devem ser feitas aqui, como comentários a este post. Observações - e detalhamento - sobre cada um dos "passos" devem ser feitas nas seções respectivas.
Só devem participar deste Grupo as pessoas que concordarem em trabalhar sobre esta Proposta Inicial, mesmo que seja para modificá-la. Quem não concordar, pode abrir um outro grupo (se desejar).
Estamos fazendo uma experiência e estamos todos aprendendo com ela. Não podemos saber de antemão se funcionará (e nem se as funcionalidades desta plataforma serão adequadas para tal trabalho de elaboração coletiva).
Boa sorte para nós!
ACRÉSCIMOS DE 06 DE AGOSTO DE 2009
"Nós já temos as ferramentas conceituais e podemos criar as metodologias (sociais) e as tecnologias (interativas) para substituir processos de gestão organizacional baseados em comando-e-controle por processos emergentes articulados em rede".
Um "programa" para a transição organizacional não é nada mais do que está expresso na frase acima. Podemos ter vários programas para fazer isso porque os caminhos da transição são múltiplos. De certo modo, tudo que substitui processos de gestão organizacional baseados em comando-e-controle por processos emergentes articulados em rede, entra - quer dizer, coloca a organização - no processo da tal transição.
Não vamos perder muito tempo com controvérsias semânticas. Quando dizemos "fórmula" (entre áspas), isso significa que não há uma fórmula. Quando dizemos "programa" (entre áspas), isso significa que não há um programa. Os caminhos para a rede como padrão de organização são múltiplos, como são as redes (por definição = múltiplos caminhos).
A frase replicada acima contém vários elementos: sobre os meios e sobre o objetivo do processo (de transição). Mas nada fala sobre o processo de transição em si.
SOBRE OS MEIOS
Ferramentas conceituais | Já temos tais ferramentas? Sim. São as idéias sobre a topologia e a fenomenologia das redes que estão surgindo a partir da nova ciência das redes: o que é uma rede, o que é uma rede social, o que é uma rede social distribuída (a rigor, mais distribuída do que centralizada), o que é uma rede social centralizada (a rigor, mais centralizada do que distribuída ou hierarquia), como calcular o índice de distribuição de uma rede, como mapear uma rede organizacional formada pelas conexões entre o pessoal interno e, mais amplamente, pelas conexões com uma parte mais próxima de todos os
stakeholders da organização, quais os fenômenos que se manifestam na rede em função dos seus graus de distributividade e conectividade (
clustering,
swarming,
crunching, dentre outros) e qual a relação desses fenômenos com a auto-organização, com a auto-regulação emergente, com a produção de ordem
bottom up a partir da interação
et coetera. Parte desses conhecimentos - não há porque esconder isso, a pretexto de vender uma imagem de modéstia - foram desenvolvidos por pessoas conectadas à Escola-de-Redes.
Metodologias sociais | Já temos tais metodologias? Em parte, sim: por exemplo, as
metodologias de diálogo. Tem gente na Escola-de-Redes que trabalha diariamente com isso (como o pessoal da
Papagallis). E em parte ainda não. Pois não temos completamente desenvolvidas metodologias de
netweaving. Podemos desenvolvê-las? Sim, podemos.
Tecnologias interativas | Bem, aqui entramos no terreno das ferramentas tecnológicas
stricto sensu. Já temos plataformas interativas - como o próprio Ning, o Elgg, o Noosfero - que poderiam ser adaptadas para o propósito da transição organizacional. Não foram feitas para isso, mas podem ser desenvolvidas com tal propósito. Por exemplo, podemos organizar uma empresa no Ning, substituindo os departamentos por grupos, as reuniões por fóruns, os chefes por administradores e netweavers, a ligação com stakeholders por conexões à plataforma, as pautas gerais de serviço por avisos, mensagens de blog e novas páginas e assim por diante. Não temos ainda um software adequado e customizável para tanto. Mas já temos na Escola-de-Redes pessoas capazes de trabalhar nisso.
SOBRE O OBJETIVO DO PROCESSO DE TRANSIÇÃO
Substituir processos de gestão organizacional baseados em comando-e-controle por processos emergentes articulados em rede | Está claro o objetivo. O problema é mostrar as vantagens dessa substituição para os potenciais interessados na transição (dirigentes de organizações hierárquicas empresariais, sociais e governamentais). A razão principal é aumentar as chances de sustentabilidade (e já existem algumas argumentações estruturadas sobre isso, como, por exemplo, a que está no livro
Tudo que é sustentável tem o padrão de rede). Mas há também outras razões que precisam ser estruturadas: aumentar a capacidade de inovar e aumentar a produtividade (ambas ligadas, cada qual de uma maneira ou a seu modo, à temática da sustentabilidade organizacional). Faltam também os famosos
cases para apresentar. Bem, isso não temos, não pelo menos como casos bem-sucedidos de transição organizacional. As organizações em rede que conhecemos, na maior parte dos casos, já surgiram assim (lançando mão de padrões mais distribuídos do que centralizados de organização). Mas temos exemplos pontuais, envolvendo em geral a
peer production e o
crowdsourcing.
SOBRE O PROCESSO DE SUBSTITUIÇÃO
Bem, este é o programa! O que chamamos de programa de Transição Organizacional nada mais é do que o conjunto de novos procedimentos que serão introduzidos para realizar a substituição de processos de gestão baseados em comando-e-controle por processos emergentes articulados em rede. Como será feita tal substituição? Quais as metodologias sociais e as tecnologias interativas que serão introduzidas e quando isso será feito? Qual a "passologia" (o passo-a-passo) customizável para cada organização, a partir do mapeamento da sua rede interna e da rede dos seus
stakeholders? Essa substituição - necessariamente progressiva? - será feita na organização como um todo ou, para começar, apenas em algum(uns) departamento(s) escolhido(s)? Quem serão os agentes de tal processo? Como garantir que a organização que, mal ou bem, já está funcionando, não se desestruture completamente ao passar por essa experiência?
Mas essas são as questões que estão pautadas - desde o início de abril de 2009 - no grupo
Transição Organizacional.
Parece tudo tão complexo... Mas, talvez não.
POR QUE PODEMOS AFIRMAR QUE NÓS JÁ DESCOBRIMOS A "FÓRMULA"
Uma resposta em 6 palavras:
porque a mudança é a rede! Ou seja, a transição de um padrão hierárquico para um padrão em rede é a rede. É impossível atingir esse fim por quaisquer outros meios. Porque, aqui, o fim é o meio.
Para compreender o que vem abaixo é recomendável ler o post
NÓS JÁ DESCOBRIMOS A "FÓRMULA", de 4 de julho de 2009, bem como todos os 102 comentários. Pelo menos até chegar na página 9 dos comentários, onde postei o seguinte:
De que transição se trata? Da transição da organização hierárquica para a organização em rede (entendendo-se por isso, a rigor, o aumento dos graus de distribuição-conectividade).
Transição evoca caminho. Mas não existe um caminho, em primeiro lugar, porque os caminhos são múltiplos (aliás, rede é, por definição, múltiplos caminhos).
Mas também não existe caminho para se chegar a um padrão de rede, em segundo lugar, porque a maneira de ter +rede é tendo +distribuição.
Em outras palavras: a rede é o caminho!
Não é possível chegar às redes a não ser pelas redes.
Mohandas Ghandi disse certa vez que "não existe caminho para a paz: a paz é o caminho". John Dewey, antes de Ghandi, já havia sugerido que não existe caminho para a democracia a não ser a própria democracia. Com as redes é a mesma coisa: 'não existe caminho para as redes: as redes são o caminho'. A paráfrase não é apenas literária. Há uma relação intrínseca entre essas realidades processuais - paz, democracia e redes: na verdade não há paz, senão +pazeamento; e não há democracia, senão +democratização; e não há redes, senão +enredamento ou +reticulação ou, ainda, +distribuição.
Entendida assim, processualmente, a problemática da transição deixa-se ver sob nova luz. Trata-se de aumentar os graus de distribuição-conectividade na rede social conformada pelas pessoas afetadas, de algum modo, pela vida orgânica: não só os empregados e os gestores, mas também os donos ou acionistas, os fornecedores, os clientes, usuários ou consumidores e todas as outras pessoas concernidas na atividade da organização (os chamados stakeholders, lato sensu).
Qual é a novidade aqui? E qual é o sentido deste post que gerou tantos comentários?
A novidade é a seguinte: isso tem que ser feito agora, não depois. Não pode haver uma transição para uma organização em rede mantendo-se intocado o padrão centralizado atual (+centralizado do que distribuído, entenda-se) em nome de um futuro padrão de rede (+distribuído do que centralizado). Essa é a desculpa para não mexer nos graus de centralização e é por isso que uma transição assim não costuma dar certo.
Na transição não existe o futuro a não ser na medida que o antecipamos. Se não anteciparmos padrões de rede, nunca teremos um futuro de rede.
Este é o sentido do post: se queremos chegar às redes, temos que começar, aqui-e-agora, a fazer redes; quer dizer: netweaving. A rede é o caminho!
Pois bem: sustento - pelas razões fartamente expostas no texto principal e nos comentários (e que podem ser resumidas na sentença 'só redes podem gerar redes') - que não conseguiremos fazer isso se, nós mesmos, que queremos ser agentes, indutores, facilitadores, promotores da mudança não nos organizarmos em rede (ou seja, de modo +distribuído do que centralizado).
Essa, para mim, é uma daquelas argumentações evidentes por si mesmas, das quais falava Wittgenstein (1931) em conversa com Friedrich Waismann (e narrada por este último em
Ludwig Wittgenstein and the Vienna Circle: conversations recorded by Friedrich Waismann. Blackwell: 1979), que seriam capazes de provocar no interlocutor uma reação do tipo: "Ah, sim, isso é evidentemente óbvio".
CONCLUSÕES
Então, qual é a "fórmula", afinal?
1) Convencidos os decisores da organização hierárquica de que devem realizar a transição, eles devem constituir, convidar ou contratar um agente capaz de induzir, facilitar ou mediar o processo.
2) Tal agente provocador da mudança deve estar organizado, ele mesmo, em rede (
a semente de rede é rede). Se for um grupo de pessoas da própria organização, elas devem ter a liberdade de se estruturar em rede para fazer tal trabalho e não podem ficar subordinadas aos mecanismos de comando-e-controle (ganhando uma espécie de carta-branca para fazer o que deve ser feito). Se for um grupo de pessoas de fora da organização, esse grupo - além de estar organizado em rede - deverá aceitar fazer parte da organização (em sentido ampliado) que resultará desse processo. Ou seja, esse grupo fará parte da rede de
stakeholders da nova organização. Em outras palavras, esse trabalho não poderá ser conduzido como se fosse uma prestação desinteressada de serviços (ou interessada apenas no lucro): haverá, por parte do grupo externo, um compromisso de fazer parte da organização-do-futuro que surgirá do processo de transição. É uma interação vital: os destinos desse grupo e da organização estarão ligados daqui para frente.
3) Do que se trata em seguida é de antecipar o futuro desejado. Queremos +rede (amanhã)? Muito bem: então vamos fazer +rede (hoje). A tarefa é ir criando, onde for possível, zonas autônomas (autônomas em relação aos mecanismos de comando-e-controle) - estruturadas em rede - onde isso for possível. Isso pode ser feito em uma parte da organização ou em várias partes simultaneamente. Depende de como está estruturada a organização e do que ela faz. Cada caso é um caso. Não há um modelo único, uma receita geral. Isso pode valer para um departamento de
delivery, de controle de qualidade, de informática, de inovação, de divulgação... Não importa. O que importa é que, inicialmente, aquela parte da organização envolvida na transição consiga fazer as mesmas coisas que fazia, porém agora reestruturada segundo um padrão de rede. Para tanto, pode-se seguir um roteiro como o que foi sugerido naquela
Proposta Inicial do grupo Transição Organizacional. Ou não. Isso não é o mais importante. Possivelmente cada organização exigirá um roteiro diferente, uma nova sequência de passos e, ademais, novos passos metodológicos.
4) Um amplo processo de conversações - usando as metodologias sociais mencionadas acima - deverá ocorrer dentro da organização, mesmo naquelas áreas que ainda não estão sendo imediatamente afetadas pela experiência. Esse processo de conversações deverá atingir toda a organização (diretores, acionistas, conselheiros, funcionários) e o seu "ecossistema" (fornecedores, usuários, clientes e consumidores, parceiros etc., enfim, pessoas representativas - da futura rede - de seus
stakeholders).
5) Para permitir, potencializar e agilizar o
netweaving que substituirá os métodos e normas do velho sistema de gestão baseado em comando-e-controle, algumas ferramentas tecnológicas interativas deverão ser introduzidas aqui. Diferentes
softwares de gestão em rede serão exigidos, de acordo com a natureza e as funções da parte da organização em processo de transição.
Mas de todas as tarefas listadas acima só há uma realmente decisiva e fundamental:
"fazer" redes! Ou, dizendo de modo mais preciso, aumentar os graus de distribuição e conectividade das redes que já existem conectando as pessoas da organização (que são mais centralizadas do que distribuídas, do contrário não seria necessário fazer a transição).
Ora, se sabemos disso parece óbvio que nós já descobrimos a "fórmula". O que falta, é saber como reinventá-la em cada caso concreto (cada processo de transição é único). O que falta são os meios adequados para aplicá-la em cada caso concreto (desenvolvendo as metodologias sociais e as tecnologias interativas adequadas). O que falta é "vendê-la", "embrulhá-la" e "entregá-la".
Então vamos nos concentrar agora no que falta?