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a pedidos, republico aqui (infelizmente sem links...)
Confesso que entrei no grupo só pra debater este último comentário do Augusto logo abaixo. Mas já que estou aqui, prometo me comportar e ajudar. hehe.
Eu queria puxar o gancho da provocação dele: "...wikis seriam boas para construir conhecimento na interação?" E pergunto: o que seria construir conhecimento numa plataforma? Registrar palavras de tal forma que os tijolinhos-palavras gerem muros-enciclopédias? Puxo outra variante: O que seria conhecimento na interação, numa plataforma? O Registro de acordos entre partes demostrando um resultado após debates?
Eu até entendo o prazer de ter registros, ainda que gosto mais do show do que da partitura. Mas quando ainda se pensa em organizar os registros através de acordos de resultados de interação, começo a achar isso insano.
Bom, isso é o que queria dizer antes de entrar no grupo. Agora que estou no grupo, queria sugerir algo que já falei com o Augusto muitos meses atrás: uma wikipedia nossa (ou contextopedia, como diz o ugarte e gosto mais) só me pareceria interessante se albergasse as várias possibilidades de significados de termos.
Imaginem a situação: Quem ou quems vai definir o termo "rede" em nossa contextopedia? E se eu não concordar com esse termo, ou pior, só com um trecho dele? O que comentei com o Augusto é que seria bacana criarmos tantos conceitos quantos quiséssemos: "redes, segundo sergio", "redes segundo estraviz", "redes, segundo mariazinha". Isso privilegia o sentido de abundância, coisa que a wikipedia tende a se opor, com seu modelo de escassez através dos conceitos como verdades únicas.
Enfim, só uns toques, pra, logo no começo, não wicarmos, ops, micarmos! (curioso o que uma só letrinha de cabeça pra baixo causa. hehe)
Sim, Marcelo, mas eu quis dizer mesmo 'na' (e não 'dá')...
Marcelo Estraviz disse:Indexar é interessante. Remete aos estudos que o Pierre Levy vem fazendo. Mas aí é muito mais programar uma "máquina-robozinho" que rastreie as coisas e consiga indexá-las do que "re-registrar" a construção do conhecimento da (e não na) interação. Resumindo, porque ficou confuso: indexar me parece o verdadeiro desafio que estamos precisando enfrentar neste ning, mais do que "re-registrar"
Como ampliação da discussão, coloco aqui dois outros tópicos da contextopedia indiana:
- Lógica de la abundancia
- Principio de generación de escasez
Sem querer sem chato, mas já sendo: Como podemos trabalhar a questão da Organização da informação? Que tipo de organização é essa? Eu reitero que gosto mais da ideia de contextualização do que de organização. Por exemplo, tenho o hábito de colocar muitos links nas minhas colocações, para que assim o leitor ntenda o contexto do que estou dizendo sem que eu tenha que explicar tudo novamente. Eu adoraria ter uma contextopedia aqui na Escola de Redes, para que assim não tivéssemos que repetir explicações.
Mas isso gera um novo problema: Não vejo o hábito das pessoas usarem links em seus comentários. Tirando Augusto e eu e um punhado de outros em alguns raros casos, não existe esse hábito. Então fico aqui pensando que seja um wiki como uma contextopedia, isso pode acabar virando um brinquedinho de uns poucos e isso acarretará no fato de que o wiki criado parecerá uma "verdade" do coletivo, quando é só um uso mais intensificado por um ou uns poucos.
Assim como a Vivianne, tenho curiosidade por ver no que isso vai dar. Mas, sou um pouco pessimista: Acho que vai dar pouca interação. Vejam o que ocorreu no wiki (na verdade google docs) sobre as anotações da CIRS. Pouca gente escreveu. E quando escreveram, foi ainda mais raro alguem complementar o escrito. Pois acredito que se sentiam sem graça de mexer no texto do outro.
Li por aí que 1% das pessoas escrevem na Wikipedia e esse número se assemelha aos conteudistas dos flickrs e youtube em comparação aos usuários. (Um número similar ao que o Augusto sempre diz sobre mobilizações com 1% da população em uma determinada localidade).
Vamos supor que 1% deste ning se dedique a escrever no wiki. Daria hoje umas 43 pessoas. E eu não vejo 43 pessoas colocando links em seus comentários. Existe portanto uma necessária curva de aprendizagem aí. Vamos a ela então. :)
Maria Theresa, vou reiterar o que reiterei:
"Eu reitero que gosto mais da ideia de contextualização do que de organização."
Você disse:
"Contextualização não é a mesma coisa que organização."
Eu respondo:
Eu sei. E continuo gostando mais de uma coisa do que da outra coisa. Não as comparo no que são mas sim no meu gosto por cada uma delas.
Você diz:
"Contextuar é situar no tempo e no espaço, organizar é por em prateleiras com etiquetas."
E aí acho que me ajudas a explicar porque gosto da contextualização (porque é fluxo) e porque gosto menos da organização (porque é colocar em prateleiras). Então acho que por enquanto me calo. Espero ter contribuido com os links sobre abundância e escassez. Espero ter gerado algum tipo de ruído, suficiente pra pensarmos se etiquetar as coisas não é, em alguma medida, escassear o fluxo das informações. Espero, porque acho que por enquanto não me fiz ouvir no que tange a minha defesa pela contextopedia no lugar da wikidificação que estão propondo. Mas como dizes: "...(vamos) pensando e refletindo sobre, enquanto se faz..." Eu acho que dependendo do que se comece a fazer por aqui, vou logo ali começar a contextopedia. Afinal, viva a abundância! :)
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