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Caros Sérgio e Augusto,Augusto, é, não é bem rede, mas já vamos chegar novamente à rede. Achei o máximo a sua ideia das questões organizadas individualmente de forma aleatória. A tecnologia de impressão está pronta para isso. É UMA excelente ideia.
E agora, voltamos à rede. Se aqui, casualmente, chegamos a gerar duas ideias (a minha e a sua, bem melhor), imagine se o MEC abrisse o crowdsourcing para que ideias de soluções ainda melhores pudessem ser aportadas pela sociedade! Fica claro que o processo operacional para lidar com situação estruturada e padronizável como o ENEM não é uma situação em que a organização em rede leva vantagem, mas que o processo de inovação, não estruturada e não padronizável, será muito superior do que a inovação fechada nos gabinetes de Brasília.
Como aproveitar a oportunidade do fiasco do ENEM para projetar publicamente a ideia da inovação em rede?
Um abraço
Sérgio
Evaldo
Como você vê, é preciso cuidado ao se pensar a organização em rede como panacéia.
Antes de se colocar essa possibilidade, é preciso pensar sistemicamente o problema, as alternativas de solução, a estratégia, e os processos. A questão do que centralizar ou descentralizar vem somente depois disso.
No nosso caso, se o objetivo é avaliação de uma forma que possa ser compatibilizada com o PISA europeu, e o processo é um exame nacional simultâneo em todos os lugares, colocam-se alguns pré-requisitos do processo: pontualidade, agilidade, segurança da informação etc. Aí é que se vai discutir se o modelo organizacional é mais ou menos centralizado.
Nem tudo que é centralizado é ruim, nem tudo que é descentralizado é bom.
A solução dada pelo Augusto é maravilhosa, e factível, e é centralizada. É a que melhor atende ao requisito da segurança da informação.
Portanto, cuidado para não transformar a ciência das redes num novo bezerro de ouro.
Acima disso tudo está a questão democrática, que implica participação nas escolhas, mas eficiência na operação, uma vez que as escolhas tenham sido feitas. Então há um espaço na democracia para a lógica da eficiência, e aí 5000 anos de aprendizado com hierarquias não devem ser jogados fora como um bebê junto com a água do banho.
Não devemos confundir gestão democrática com gestão sem hierarquias. A questão é o controle social sobre as hierarquias, e não a sua eliminação.
E isso nos permite voltarmos novamente ao potencial das redes neste processo. Eu havia dito antes que a construção da prova, por ser um processo de conhecimento, e não de execução pura, teria melhor qualidade numa organização em rede. Agora, o controle de qualidade do processo TAMBÉM. Ou seja, irregularidades numa prova como essa também serão mais controláveis numa organização em rede, que funcionaria melhor do que o controle através da imprensa.
Então, o que estamos fazendo agora? Destrinchando o processo, em busca dos subprocessos onde é preciso haver mais inteligência, e aplicando modelos de organização em rede para aumentar a inteligência. Isso vale para QUALQUER processo relacionado a serviços públicos (ou privados), e este é o desafio para nossa geração de cidadãos, governantes, empresários e gestores: tornar processos mais inteligentes, usando o poder das redes sociais.
Um abraço
Sérgio
Augusto, o Augusto deu várias soluções.
A melhor de todas foi acabar com as provas. Se o Augusto conseguir um jeito de transformar a ideia em projeto de lei, pondo algo no lugar, então dá pra resolver em pouco tempo. Mas talvez precise de uma coisa meio abominável, que são os partidos políticos, pois a democracia do Augusto ainda não tem instituições que substituam esse animal institucional do século 19.
Se não conseguir, terá que convencer um bocado de gente, levará um bocado de tempo, e talvez a ideia tenha que mudar um pouquinho, hehehe.
Mas de qualquer forma, a idéia do Augusto é um raio de sol na aurora de um novo tempo, que irá chegar.
Enquanto não chegar, as outras ideias do Augusto são o máximo! E por que não termos uma solução em rede na qual outros Augustos possam também trazer suas ideias? Uma rede de inovação? Isso já é possível hoje, e é uma forma de canalizar as justas insatisfações de todos que são prejudicados por processos burros como este processo operacional do ENEM (burro é o processo, não o ENEM)
.
Talvez o que falta para aproveitar tudo que têm de bom todas essas ideias é introduzir a dimensão tempo. As melhores ideias do Augusto são atemporais. Mas os Augustos do país podem gerar grandes ideias para aqui e agora
.
Ou seja, a gente se entende, é só uma questão de tempo:-)
Um grande abraço
Sérgio
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